segunda-feira, setembro 30, 2002

estranhos somos uns aos outros. os que assim a escrever para lugar nenhum encontrámos, vamos encontrando. mas mesmo assim temos afecto uns pelos outros. os amigos, ou antes os que queríamos para amigos, outros que quase que podiam ser meus filhos, aparecem do nada, feitos de letras. às vezes as caras, metade das caras: as caras que escolhemos mostrar não são completamente as nossas caras. e os que acordam emoções e sentimentos: são os mais estranhos dos estranhos amigos.

escrever é mais fácil do que falar?

nunca te diria o que te escrevo

se te encontrasse não te reconhecia.

em pessoa não darias por mim

não te conheço, por isso imagino-te

escrevemos por sermos estranhos

> olhos no monitor

> não é

> olhos nos olhos

domingo, setembro 22, 2002

despedi-me assim, sem aviso prévio. sem pensar que magoava, ainda que pouco(s)
hoje está a doer-me outra despedida.

diz, por favor: "eu volto, amanhã eu volto"

queria conversar sob o tecto rosa