quarta-feira, agosto 30, 2006
a família fez uma fogueira no relvado. cozinharam e comeram e agora descansavam. as crianças tranformaram em rio o triste lago e brincavam e saltavam para a água e riam e gritavam e corriam nuas. e a policia não veio. eu lembrei-me de quando queria ser cigana. às vezes ainda quero
mas lembrei-me também, e não queria. não aqui, neste monumento que detesto, por lembrar, da forma mais errada, quase glorificar, a guerra injusta. lembrei-me de quando não havia rapazes.
e lembrei-me, ao ver o menino a correr nu (mas este ria), da outra fotografia de meninos, a que correu mundo, a da outra e paralela e simultânea e injusta guerra.
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