domingo, novembro 04, 2001

castelo da lousa
não é tanto o castelo. é o guadiana e as lajes de granito com cágados enormes a apanhar sol. os aloendros. os pássaros que se ouvem de todos os lados. os ecos dos pássaros, mais pássaros. os reflexos das lajes, outras lajes. ontem não havia cágados nem grandes reflexos, enfim, estamos em novembro e o rio vai cheio. os aloendros não tinham flor, mas tinham os frutos compridos, vermelhos escuros. e havia pássaros, ecos de pássaros, mais pássaros. peixes.
fui despedir-me do castelo da lousa (vai ficar debaixo da albufeira do alqueva). o que vai acontecer aos cágados? será que vão ser apanhados pela água enquanto hibernam? trouxe um ramo de aloendro. está metido numa jarra para ganhar raiz. pode ser que o vá devolver ao guadiana daqui a dois anos. se sobreviver posso plantá-lo outra vez ao pé da aldeia da luz nova, na margem da albufeira.

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