terça-feira, abril 09, 2002

já me aconteceu inventar uma pessoa a partir de uma pessoa que existe: uma diferente, parecida com o que eu gostava que ela fosse. a partir daí vou omitindo o que não se parece com a pessoa que inventei.
quando dou por isso fico aborrecida. é uma sensação desagradável, porque o afecto foi genuíno, o objecto desse afecto é que não existe. desperdicei afecto.
depois, acabo por achar que foi só mesmo uma parvoíce minha.
afinal cada um é o que é, e eu gosto de muita gente que não é inventada.

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